Por Paulo Cosmo
Diversas empresas vêm investindo na preservação do meio-ambiente e também no desenvolvimento de produtos eletrônicos, energias renováveis e tantos outros, que não sejam tão danosos à natureza enquanto em uso, mas também no momento em que são descartados. A expectativa atual é que este campo trará inovação e mudanças na vida diária da população, na mesma magnitude que a tecnologia de informação das últimas duas décadas.
Abordar Tecnologia Verde sem mencionar Sustentabilidade é semelhante a falar de Roma sem citar o Vaticano. Sustentabilidade abrange vários níveis, que iniciam em casa e migram para o planeta inteiro, abordando posturas que variam das pequenas atitudes individuais até complexas ações institucionais, sejam públicas e/ou privadas, esta, promotora dos bens de consumo que agem diretamente no meio-ambiente. Para um empreendimento humano ser sustentável, tem de ter em vista quatro requisitos básicos: ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito. Nesse sentido, falar de sustentabilidade envolve uma série de atitudes que devem ser adotadas em todas as esferas sociais, empresarias e governamentais, pois sustentabilidade depende de configurar a civilização e as atividades humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida destes para as futuras gerações.
A Tecnologia Verde vem de encontro com essas premissas, pois consolida o conceito de que consumo, serviços e produtos devem respeitar critérios de sustentabilidade, principalmente no que tange a redução da poluição e descarte de resíduos, bem como a mudança nos padrões de produção e consumo. Nesse sentido, já existe a preocupação para que o processo de produção e as matérias-primas neles utilizadas sejam ecologicamente corretas e renováveis. Mas, da mesma forma que temos – daqui para frente - o dever de nos impor novas posturas de produção e consumo, necessitamos dar início e avançarmos na recomposição da daquilo que já foi degradado ou destruído. A Tecnologia Verde enquanto conceito também atua nesse sentido, pois, além de nortear a modificação nos padrões de produção e prática de consumo para que a destruição do meio ambiente não seja irreversível, também orienta como instituições e indivíduos podem agir, enquanto co-responsáveis ambientais, para compensar sua cota de degradação. Uma proposta viável é o plantio de mudas de árvores a fim de compensarmos as emissões de carbono resultantes de uso tecnológico nas instituições e em nossas residências, visto que, ao adquirirmos bens e serviços, também somos responsáveis pela degradação no meio-ambiente.
Existem softwares que servem para calcularmos nossa responsabilidade ambiental, de acordo com nosso modo de vida e consumo. Quem se sentir interessado pelo tema e conscientizado em começar participar, uma dica é acessar http://www.florestasdofuturo.org.br/paginas/home.php?pg=calculadora/index para verificar sua pegada ambiental sob a Terra. Lembre-se que muitos não farão nada, mas todos terão que viver no mesmo ambiente. Então, faça a sua parte...
Nenhum comentário:
Postar um comentário